“Quem sabe faz ao vivo!”, diz o apresentador do Domingão do Faustão.
Domingo, dia 24 de janeiro, foi um dia especial para quem ainda não conhecia a cirurgia de implante coclear e os resultados que ela propicia. Pela primeira vez – e de forma inédita em todo o mundo – foi apresentada ao vivo, durante um programa de televisão, uma ativação do aparelho de implante coclear.
“A cirurgia, realizada na paciente Ana Maria Assumpção de Oliveira, foi filmada, assim como as suas dificuldades no trabalho – e no relacionamento com as pessoas. E o desfecho não poderia ter sido melhor. A emoção da paciente demonstrou a surpresa em se descobrir na matéria e em ouvir os primeiros sons, depois de mais de cinco anos sem ouvir absolutamente nada”, diz Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento, chefe do Grupo de Implante Coclear do HCFMUSP.
Apresentada em dois blocos do programa – abriu o Domingão do Faustão do domingo, 24 de janeiro – e com chamadas durante todas as apresentações de outros quadros que anteciparam a entrada ao vivo das partidas de futebol regionais -, a reportagem produzida por Ligia Bedini, levou ao público brasileiro – e internacional -, a maneira como é realizada a cirurgia, enfocando as dificuldades de uma paciente que se viu surda da noite para o dia e enfrenta dois tipos de atividades diárias para sua subsistência.
“Essa matéria foi muito importante para mais uma vitória sobre o preconceito da cirurgia. O implante coclear é um dos grandes avanços da Medicina e a cirurgia, que pode ser feita na grande maioria dos pacientes portadores de surdez severa e profunda, deve ser vista com naturalidade, já que é considerada pela OMS, como a segunda cirurgia que garante a melhor qualidade de vida para o paciente que a realiza”, continua o Prof. Ricardo.
Reportagem detalhada
O programa que iniciou com uma entrevista realizada pelo Prof. Robinson Koji Tsuji, tratou, de maneira humana, o problema da surdez. “O Fausto Silva fez perguntas bastante esclarecedoras sobre problemas auditivos e o mais importante foi esclarecer a toda a população brasileira que as pessoas que ficam surdas podem voltar a ouvir e as crianças, com surdez congênita, também vão aprender a ouvir através de uma cirurgia disponível para todos, tanto pelo SUS quanto pelos planos de saúde”, diz Prof. Koji.
A parte mais emocionante da matéria foi a ativação do aparelho realizada com a fonoaudióloga Ana Tereza Magalhães. “Dentro da sala improvisada, a paciente estava emocionada e feliz, mas, ao ouvir o som do violino, a certeza de que ela havia discernido a música, com o choro imediato, emocionou a todos que estavam no palco e, com certeza, que assistiram em casa”, diz o Prof. Ricardo.
Com mais de 500 cirurgias realizadas desde o início do Grupo de Implante Coclear no HCFMUSP, o Prof. Ricardo acredita que todas essas matérias realizadas propiciam a conscientização da importância em ser ouvinte. “Atualmente, há solução para tudo. A audição é o sentido que nos mantém alerta 24 horas do dia e pais de crianças surdas devem permitir que elas tenham o direito de ouvir. O implante coclear é uma cirurgia realizada, com sucesso, em todo o mundo e, principalmente no Brasil”, finaliza ele.
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