O trabalho “Desenvolvimento de Prótese Auditiva Digital no Desenho Retroauricular que Atenda os Requisitos da Organização Mundial da Saúde” de autoria do Prof. Dr. Ricardo Bento e Dr. Silvio Penteado da Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP foi publicado no número de agosto da mais importante revista científica do mundo na área – “Trends in Amplification” – (índice de impacto 7,4).
O Prof. Charles J. Limb, chefe do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina do renomado Hospital Johns Hopkins – Baltimore, EUA – dedicou todo o Editorial da revista ao artigo. (veja aqui o editorial original em inglês clique aqui, acesso ao artigo é restrito).
Vale a pena para aqueles que se dedicam à otologia e audiologia, ler o editorial inteiro e ver a importância desta mudança de paradigma mesmo em países desenvolvidos. No Brasil e na América Latina e em países como Índia, China, e outros em desenvolvimentos e sub-desenvolvidos passa a ser essencial o uso de tecnologias voltadas ao benefício de todos, e não a uma parcela da população.
Para finalizar o editorial o Prof. Limb afirma – “No entanto, a enorme importância dos objetivos do trabalho – projetar um aparelho auditivo que possa ser utilizado para ajudar a todos que necessitam deles dentro do contexto das práticas dos fabricantes de aparelhos auditivos, sem as restrições que limitam o poder de compra típico de um deficiente auditivo- não pode ser subestimado.
Este é um trabalho significativo que espera produzir aparelhos auditivos ao alcance da maior parcela da população mundial, de modo que possamos nos aproximar do ideal do Instituto House de que todos podem ouvir.”
Parabéns ao Brasil que pode mais uma vez mostrar ao mundo uma opção que vinha sendo perseguida pela Organização Mundial da Saúde.
Em poucos meses uma longa família destes aparelhos estarão sendo fabricados e comercializados no Brasil e exportada para vários países do mundo, iniciando a independência de nosso país na área de aparelhos auditivos para os quais o SUS gasta cerca de R$ 200.000.000,00 por ano e poderá ter uma economia enorme e padronizar a assistência técnica.
Esperamos que o Ministério da Saúde e seus órgãos como a ANVISA, ANS e seu Departamento de Alta e Média Complexidade saibam explorar a importância deste trabalho no Brasil e mudar definitivamente o paradigma da atual política de distribuição de próteses auditivas no Brasil.
Veja o artigo na íntegra AQUI, o acesso ao artigo é restrito.