Específicos sobre neurinoma:
1- BENTO, R.F.; CAROPRESO, C.A.; MINITI, A. – A via translabiríntica na cirurgia do neuroma do acústico. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 55(2): 57-63, 1989.
Resumo: Os autores apresentam 43 casos de neuroma do acústico operados através da via retrolabiríntica na clínica ORL do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e em clínica privada de 1984 a 1988. Foram operados 18 pacientes do sexo masculino e 25 do sexo feminino, sendo 19 do ouvido esquerdo e 24 do ouvido direito. A técnica retrolabiríntica utilizada propõe a abertura do conduto auditivo interno em sua parede lateral com incisão da dura-máter e deslocamento do tumor do nervo facial. A obliteração do canal foi realizada com músculo, gordura e cola de fibrina. Os resultados das cirurgias apresentaram 18.60% dos pacientes evoluíram com paralisia facial no pós-operatório imediato, sendo que 4.65% ainda permaneciam com paralisia facial após 1 ano e seis meses de follow-up. A via translabiríntica é a via de escolha, em nossa opinião, para neurinomas do acústico até 3 cm de diâmetro, pois representa uma baixa incidência de lesão do nervo facial, de recidiva de tumor e de morbidade em comparação com outras técnicas descritas na literatura.
2- BENTO, R.F.; MINITI, A.; BOGAR, P. – Experiência em 115 casos de cirurgia para exérese de neurinoma do acústico. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 61(3):204-217, 1995.
Resumo: Foram estudados 115 pacientes de acústico, entre janeiro de 1986 a agosto de 1994, submetidos à exerese pelo mesmo cirurgião, atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e em clínica privada. São apresentados os achados clínicos e diagnósticos. A via translabiríntica foi utilizada em 87% dos casos. Quando a preservação da audição foi aventada, foram adotadas as vias fossa média ou retrolabiríntica. Apesar do diagnóstico precoce, o número de pacientes passíveis de preservação da audição permanece limitado. Estes resultados enfatizam as vantagens da via translabiríntica, oferecendo maior segurança para o nervo facial e menor morbidade. A via retrolabiríntica é técnica com grande futuro para a preservação da audição. Na nossa série, 50% dos pacientes tiveram boa preservação da audição.
3- 9.1.1.1.123 SOBRINHO, F.P.G.; LESSA, T.M., LESSA, M.M.; BENTO, R.F.; LESSA, H.A. – Remissão da surdez súbita associada ao schwanoma vestibular após o tratamento clínico. @rquivos de Otorrinolaringologia, 6(4):266-270, 2002.
Resumo: Introdução: Os schwanoma vestibular, tumor benigno e com origem na célula de Schwann do VIII nervo craniano, pode apresentar-se clinicamente como surdez súbita, cujo extenso diagnóstico diferencial pode oferecer dificuldades à investigação clínica. Porém, seguindo-se um satisfatório grau de suspeição, a otoneurologia e a radiologia, particularmente a ressonância magnética, oferecem uma valiosa semiologia complementar para o diagnóstico do schwanoma vestibular. Relato de caso: Os autores relatam a melhora do quadro audiológico de um paciente com surdez súbita submetido a tratamento clínico, sugerindo uma etiologia não cirúrgica ou idiopática para a disacusia. Entretanto, o seguimento propedêutico revelou tratar-se de um schwanoma vestibular. Conclusão: A recuperação auditiva após tratamento farmacológico num paciente com diagnóstico de surdez súbita não exclui o schwanoma vestibular como possível agente etiológico. Uma adequada investigação otoneurológica e de imagens deve sempre seguir-se à suspeita clínica de surdez súbita.
4-BENTO, R.F.; BRITO NETO, R.V. – Preservação da audição em pacientes submetidos à cirurgia do shwannoma vestibular por acesso retrolabiríntico. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 70(5):609-614, 2004.
Resumo: A preservação da audição tem se tornado um objetivo na moderna cirurgia do schwannoma vestibular. Objetivo: O nosso estudo visa analisar a audição pós-operatória de pacientes submetidos à cirurgia por acesso retrolabiríntico pressigmoideo. Forma de estudo: Estudo de coorte contemporânea transversal. Casauística e método: Estudamos prospectivamente a audição de 41 pacientes submetidos à cirurgia para exérese de schwannomas vestibulares por acesso retrolabiríntico pressigmoideo entre 1994 e 2004 no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Todos os pacientes apresentavam tumores unilaterais menores que 1,5 cm de diâmetro. Os seguintes parâmetros foram analisados em nosso protocolo: 1 – remoção completa do tumor, 2 – complicações e dificuldades intra-operatórias, 3 – complicações pós-operatórias e 4 – avaliação da audição após 90 dias da cirurgia. Resultados: Total exposição do meato acústico interno com conseqüente remoção completa do tumor foi possível na maioria dos casos. Em apenas seis pacientes modificamos o acesso para um translabiríntico clássico no decorrer da cirurgia pela necessidade de ampliar o acesso ao fndo do meato. A audição foi preservada nos mesmos níveis anteriores à cirurgia em 34,1% dos casos. Nesta série nenhuma complicação severa ocorreu. Conclusão: O acesso retrolabiríntico pressigmoideo é seguro em relação ao nervo facial, possibilita a preservação da audição e apresenta pouca morbidade. Tem a grande vantagem de ser facilmente transformado em translabiríntico clássico quando maior exposição for necessária.
5-CAHALI, R.B.; CAHALI, M.B.; BRITO NETO, R.V.; BENTO, R.F.; RIBAS, G.C. – Endoscopia do meato acústico interno pelo acesso retrolabiríntico. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 70(5):616-621, 2004.
Resumo: O acesso direto à região do ângulo pontocerebelar pela via retrolabiríntica é seguro, entretanto, não permite a visão direta de todo o meato acústico interno (MAI) pela otomicroscopia. Os endoscópios podem ser utilizados na exploração do MAI por esta via. Objetivo: Nosso objetivo é avaliar a capacidade de inspeção do MAI com endoscópios de diferentes angulações. Forma de estudo: Estudo anatômico. Material e método: Estudamos 40 ossos temporais humanos nos quais realizamos acesso retrolabirínticos. Nestes ossos, medimos as distâncias ocultas do MAI, em seus quatro quadrantes, utilizando o microscópio cirúrgico e os endoscópios de 0º, 30º e 70º. Resultados: Observamos que as distâncias ocultas medidas foram diminuindo, com significância estatística, conforme o instrumento utilizado, nesta seqüência: microscópio, endoscópio de 0º, 30º e 70º. Somente o endoscópio de 70º permitiu a visão do fundo do MAI em todos os quadrantes, o que ocorreu em 27,5% dos casos. A visão parcial do fundo do MAI foi obtida em 67,5% dos ossos com o endoscópio de 70º e em 12,5% com o endoscópio de 30º não tendo sido obtida em nenhum caso com o uso do endoscópio de 0º ou do microscópio. As médias de distâncias ocultas no quadrante antero-superior, medidas com o microscópio e endoscópios de 0º, 30º e 70º foram respectivamente: 10,4mm, 7,3mm, 4,3mm e 1,1mm. Conclusões: O endoscópio de 70º demonstrou ser significativamente superior aos demais instrumentos na inspeção do MAI e sugerimos que ele seja considerado o instrumento de escolha na inspeção do MAI nos acessos retrolabirínticos.
6-BENTO, R.F.; BRITO, R.V.; SANCHEZ, T.G. – Facial nerve function after acoustic neuroma removal. Otology and Neurotology, 23(3):S40, 2002.
Summary: The purpose of this paper is to determine the facial nerve outcomes after surgical removal of an acoustic neuroma. Study design: A retrospective study review was performed. Setting: The study was performed at the Otolaryngology Department of the University of São Paulo Medical school- Brazil. Patients: 214 patients undergoing acoustic neuroma sugery between 1990 and 2000. They all have normal facial function before surgery. Interventions: Patients were divided into three groups according to the size of the tumor (small, medium and large). Functional facil nerve outcomes were assessed using the House-Brackmann score at the immediate postoperative day, three months and one year after surgery. The translabyrinthine approach was used in 192 patients and the retrolabyrinthine one was performed in 22 cases of small tumors. Results: The small tumors group achieved 100% of House-Brackmann grade I or II three months and one year after surgery. Some patients (30%) of this group presented a more intense nerve dysfunction (grade III) at the immediate postoperative evaluation that recoverd without any treatment. There was no difference between both approaches in this group. The medium size group had 46% of an important dysfunction (grade III or worse) immediately after the surgery. After 3 months, 18% of them still remained at least with a grade III. One year after surgery, 96% of the patients reached a House-Brackmann grade I or II. The large group was the only one of the anatomical integrity of the facial nerve in all cases. 90% of the patients in this group had a grade III or worse just after surgery and 68% still presented this bad result after 3 months and 26% after one year of surgery. 74% of the large tumors group had recovered a grade I or II one year after surgery. Conclusions: The possibilites of a good facial nerve function after the acoustic neuroma surgery is widely accepted. Our results showed that even patients with large tumours can reach normal or near normal facial function one year after surgery. In our opinion, surgery is still the safe and effective treatment for acoustic neuroma.
7- BENTO, R.F.; BRITO NETO, R.V.; SANCHEZ, T.G.; MINITI, A. – The transmastoid retrolabyrinthine approach in vestibular schwannoma surgery. Otolaryngology – Head Neck Surgery, 127(5): 437-441, 2002.
Summary: Objective: we conducted a prospective analysis of 22 patients with small vestibular schwannoma and useful hearing who were operated on via a transmastoid retrolabyrinthine approach between January 1994 and March 1999. Patients and methods: The average age was 35 years, and there were 14 females and 8 males. All patients had unilateral tumors, with 10 of them occurring in the right ear and 12 occurring in the left ear. The following paramenters were included in our protocol: total removal of the tumor, intraoperative difficulties or complications, immediate postoperative complications, facial score 10 days and 3 months after the surgery, and audiologic evaluation 90 days after the surgery. Results: A good exposure of the internal auditory canal was possible in 19 cases. In 3 patients we had to change the approach to a translabyrinthine one to achieve total removal of the tumor in all patients. Hearing was preserved at the same preoperative levels in 31% of the cases. Conclusions: The retrolabyrinthine approach offered security to the facial nerve, no morbidity, and good percentage of hearing preservation. It is also easily changeable to a translabyrinthine approach when more exposure is necessary.
8-BENTO, R.F.; MINITI, A.; SANCHEZ, T.G. – MRI and high resolution CT SCAN in acoustic neuromas, wich is the best to surgical plan? In: 2nd International Conference on Acoustic Neuroma Surgery and 2nd European Skull Base Society Congress, Paris, França, 1995. Proceedings. Amsterdam, Kugler Guedini, 1996, p. 67-74.
Summary: The image diagnosis evolution of acoustic neuromas was changed dramatically in the last 15 years with the constant development of new methods. We analyzed 22 patients attended at the Otolaryngology Department of University of São Paulo – Brazil. In all patients was performed MRI and high resolution CT scan to surgical plan. The objective of this evaluation was to determine the size, limits and compromising of adjacent structures. The vantages and disadvantages of each one are discussed. The MRI is more precise to the tumor size and soft tissue compromising in the posterior fossa. The high resolution CT scan was better to the internal auditory canal image, to determine the meatus funds extension and bone erosion. These points are very important to choose the best surgical approach and to predict the surgical findings. In conclusion both image exams are necessary in the routine of acoustic neuroma therapy.
9-BENTO, R.F.; MINITI, A.; BOGAR, P. – Experience in 115 cases of acoustic neuroma surgery. In: 2nd International Conference on Acoustic Neuroma Surgery and 2nd European Skull Base Society Congress, Paris, França, 1995. Proceedings. Amsterdam, Kugler Guedini, 1996, p. 195-199.
Summary: Unilateral hearing loss is the first and main sumptom. There is no relation between tumor size and auditory involvement. The ABR is the first examination to the carried out, followed by MRI. The translabyrinthine approach is safe, and shows a lower complication rate, and can be used alone or together with a retrosigmoid approach. The retrolabyrinthine approach was reveled to be a good route in small tumors, with a hearing preservation in 50% of patients.
10-DE LA CORTINA, R.A.C.; BENTO, R.F. – Morphometric analysis of microvessel density in vestibular schwannoma. In: 4th International Conference on Vestibular Schwannoma and Other CPA Lesions. Cambridge, Inglaterra, 2003. Proceedings, p. 134-5, 2003.
Summary: Twenty patients who had undergone translabytinthine approach for vestibular schwannoma extirpation were analyzed. The mean age of the 6 men and 14 women was 46 years (range, 27-72). The surgical speciments were imunostained for the present of CD34+, an endothelium marker, to highlight intratumoural microvessels. The Immunohistochemical analysis of CD34+ expressions was performed in all sections obtained from paraffinwax. The immuno stained sections were scanned at low power to assure evaluation of tumour areas. Vascular density analysis was performed in 400x magnification. Two measures were obtained MVD-microvascular density and MVA-microvascular area. Digital image processing system was used to measure CD34+ imunnostained. Tumor size was achieved from axial magnetic resonance images; the maximum tumour diameter was measured in mm. Only extrameatal part of the tumour was measured. The tumours were classified were classified according to size. Tumours with more than 20 mm were related to marked increase in microvessel density. On the other hand, IM tumours presented minimal vascularity. Objectives: To determine vascualr density and vascular area in VS based on a histopathological morphometric study in human surgical specimens, immunostained with specific endothelium marker (CD34+). Study design: Histopathology study with 20 human specimen microvascular areas. Digital image processing system was used to measure CD34+ imunnostained. A tumour size was achieved from axial magnetic resonance images, the maximum tumour diameter was measured in mm. Onlu extrameatal part of tumour was measured. The tumours were classified according to size. Results: First reported a relationship between vascular density and tumour size, who found marked increase vascular density larger size tumours (20mm or more). These authors performed the study with no specific endothelial stains.
BENTO, R.F.; BRITO NETO, R.V. – Preservação da audição em pacientes submetidos à cirurgia do shwannoma vestibular por acesso retrolabiríntico. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 70(5):609-614, 2004.
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Neurinoma do acústico (vídeo-cassete)/Ricardo Ferreira Bento, Aroldo Miniti, Rubens Vuonno de Brito Netto, Luiz Antonio de Figueiredo, Tanit Gantz Sanchez – São Paulo: FUNDACÃO OTORRINOLARINGOLOGIA – 1998. (1 VHS) (120min): son. col. NTSC, vel. SP.
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Summary: Introduction: Acoustic nerve tumors have been recognized as a clinico-pathologic entity for at least 200 years, and they represent 90% of cerebellopontine angle diseases. Histologically, the tumors are derived from Schwann cells of the myelin sheath, with smaller tumors consisting of elongated palisade cells, while in large tumors, cystic degeneration can be found in the central areas, possibly due to deficient vascularization. We retrospectively reviewed 825 cases of vestibular schwannomas, reported between January 1984 and August 2006, in which the patients underwent surgery to remove the tumor. Objective: To evaluate signs, symptoms, aspects of clinical diagnosis, including the results of audiological and imaging studies, and surgical techniques and complications. Methods: A retrospective chart review. The medical records of all patients undergoing surgical treatment for schwannoma during the period indicated were reviewed. Results and Conclusion: Hearing loss was the first symptom reported in almost all cases, and tumor size was not proportional to the impairment of the auditory threshold. The surgical techniques allowed safe preservation of facial function. In particular, the retrolabyrinthine route proved useful in small tumors, with 50% preservation of hearing.